Ó Doce e Bom Jesus, Pão assombroso dos Anjos e dos Homens, Pão da Vida Imperecível para todas as almas, aquelas que ainda não vos conhecem e aquelas que vos servem incessantemente noite e dia e que através delas inflamais com seu Divino Espírito o mundo inteiro com seu amor redentor em sagrado convívio.
Ó Doce memória Trinitária admirável e fulgurante, que cumulais vossa Igreja de infinitos milagres, dons preciosos e graças ocultas guardadas nos corações de tantos mil devotos.
Ó santíssima e piíssima providência! Eis nossa gratidão: qual aquele bom leproso curado por Vós queremos ser, ele que voltou humildemente aos vossos pés para somente agradecer. Recebei a nossa ação de graças aos milhares de cireneus da saúde, em nossas cidades, que oferecem diariamente suas vidas em sacrifício porque aprenderam a servir com gratuidade àquele que é seu semelhante.
Como não seguir-vos, Filho de Davi, como tantos de seus discípulos de outrora, não obstante estando neste mundo de exílio e secular, muitas vezes estranho, dilacerante e conturbado com violências raciais, desmandos de políticas servis e pretensiosas ditaduras? O que agora nos assegura é que vencestes o mundo com a força de sua Paz.
Ó paradoxo da cruz dos Santos que também viveram nesta terra o seu vale de lágrimas como peregrinos em tempos igualmente difíceis e beberam do Seu Cálice! Ó terra do sangue fecundo e resplandecente dos seus mártires!
Ó Senhor da terra e do universo, com seu sopro vivificante, confundi os poderosos em seus vis ardis e maquinações tortuosas contra a vida e a democracia, e cultivai nos corações dos legisladores o que brota do coração de Deus Pai, a liberdade do vosso Espírito Paráclito, que pairava sobre as águas no inicio da criação.
Ó nosso intrépido Defensor, que hoje irrompe e sopra seu vento de Verdade única, da qual não somos seus senhores, mas apenas seus servos, porque ela é a nossa rainha e senhora; soprai ainda seu Caminho seguro sobre tantas almas, sem Ele aonde iríamos, como diria seu inesquecível, ardoroso e apaixonado Apóstolo Pedro, que compreendeu que o essencial é a eternidade da boca do Cristo; e da Vida que floresce a paz que tudo une e nada separa imprimais vosso caráter de unidade indelével em nossos corações.
Aplacai, ó Filho de Deus, com a força de vossa mão benigna e desarmada as instituições de nosso grandioso país e de outros povos, e aos que não creem, para darem a Vós a devida honra e definitiva glória à sua criação e natureza, sem uma economia usurária que desproteja nossos mares, rios, terras e florestas, nem os mais desvelados e desprovidos irmãos em sua dignidade já maltratada.
Enviai vossos Arcanjos São Miguel , São Gabriel e São Rafael e fazei cumprir a vossa justiça e revelai a vossa misericórdia compassiva nestes tempos de graves conflitos e infortúnios, lutos sem velório e choro sem visão dos seus amados. Livrai-nos, ó Cristo Senhor e Amigo, por intercessão medianeira de vossa Santíssima Mãe, desta nefasta pandemia que angustia o coração humano, já tão dolente, para manifestar a vossa onipotência que tudo pode redimir, curar e salvar, porque só Vós sois o Deus, Uno e Trino, a inaugurar sempre no coração humano o novo céu e a nova terra, até a plena beatitude. Amém.
Pe. Silmar Fernandes
* Solenidade de Pentecostes | 31 de Maio de 2020
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